Entrevista com…
Marcos Freitas
Publicada no Jornal Record
RECORD – O que sentiu
quando garantiu a presença nos Jogos Olímpicos de Londres’2012?
MARCOS FREITAS – Fiquei muito feliz. Era o meu
principal objetivo para esta temporada; foi um sentimento de enorme satisfação.
Os Jogos Olímpicos são o evento mais importante na nossa modalidade e o meu
desejo era, obviamente, participar.
R – Esta vai ser a sua segunda participação
olímpica. Que recordações guarda da presença em Pequim’2008?
MF – Os Jogos Olímpicos de Pequim foram muito
especiais, não só porque foi a minha primeira experiência olímpica, mas também
porque se realizaram num país em que o ténis de mesa é uma das modalidades
principais. Tivemos muito apoio do público e a organização foi bastante boa.
Quanto à minha participação, consegui ganhar um jogo [n.d.r.: frente a El-Sayed
Lashin, do Egito] e depois perdi com um adversário muito forte (n.d.r.: com Zi
Yang, de Singapura), mas fiz uma boa partida.
R – Pensa melhorar a sua classificação em
Londres’2012?
MF – Sem dúvida, estou muito mais forte do que há
quatro anos. É difícil definir objetivos classificativos, porque não sei contra
quem vou jogar, mas logicamente quero chegar mais longe. Neste momento sou o
n.º 31 do Mundo e isso dá-me alguma responsabilidade.
R – Qual foi o momento mais alto da sua carreira?
MF – É difícil escolher... Diria que atingir o 31.º
lugar do ranking mundial é, sem dúvida, um dos momentos mais altos da minha
vida desportiva.
R – A opção de emigrar, jogando em países mais
evoluídos na modalidade, foi importante para a sua carreira?
MF – Claro! No estrangeiro, temos adversários mais
fortes nos treinos, assim como nos jogos ao serviço dos nossos clubes. Isso
dá-nos uma melhor preparação para as provas internacionais. Foi muito
importante a nossa decisão de emigrar (n.d.r.: Tiago Apolónia e João Monteiro
também rumaram ao estrangeiro), de modo a continuarmos a progredir.
R – E quanto ao futuro? Pensa continuar lá por fora?
MF – Tenho mais um ano de contrato como meu atual
clube, o AS Cergy Pontoise, de França. Para já, a minha prioridade é o ténis de
mesa e quero manter-me no estrangeiro para continuar a evoluir o meu jogo.
R – Quanto prevê o regresso a Portugal?
MF – Ainda não sei... Muitas pessoas já me
perguntaram isso, mas sinceramente não sei quando acontecerá. Penso que um dia
regressarei, mas para já o meu objetivo é continuar a jogar ao mais alto nível
e para isso terei de me manter no estrangeiro. Sei que ainda tenho pela frente
muitos anos para melhorar e evoluir na modalidade que escolhi…
QUEM É
MARCOS André Sousa da Silva FREITAS
Nascimento: Funchal, 8/4/1988, 24 anos
Altura e peso: 1,82 m e 75 kg
Clubes: GD Estreito, São Roque, TTF Liebherr
Ochsenhausen (Alemanha), Borussia Dusseldorf (Alemanha) e AS Cergy Pontoise
(França)
Ranking mundial: 31.º
Principais resultados: Campeão ibérico (cadete) em
2001; campeão iberoamericano (cadete) em 2001; campeão individual da Europa
(cadete) em 2002; medalha de bronze individual no Europeu em 2003; vencedor do
Open do Brasil em 2004; medalhas de ouro no Dubai em 2005, El Salvador em 2005
e Open de Espanha em 2006; campeão absoluto em Portugal em 2006; vencedor do
Open da Coreia e Open de Singapura em 2008; campeão da Europa em pares em 2005
e 2008; medalha de bronze no Europeu em pares em 2008 e de ouro no Europeu em
2011; campeão da Europa de clubes (Borussia Dusseldorf) em 2009

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