Ping e Pong

terça-feira, 5 de março de 2013



Artigo de Opinião
Por: Fernando Gouveia

Portugal pode ser considerado um país, de atletas / fenómenos, porque com apenas 5 % da sua população a praticar desporto com regularidade, ao contrário por exemplo da Holanda, cujo território é menor que o nosso, mas com 75% da sua população interessada em praticar desporto, conseguiu um bem maior número de medalhas olímpicas.
Esta comparação poderá ser perfeitamente justificável, porque não temos um desporto escolar organizado.
Os grandes “clubes” serão sempre as escolas, desde que integrem uma elevada formação e uma adequada detecção de talentos, pois, conseguem reunir o maior número de possíveis praticantes desportivos. Esses talentos deveriam ser conduzidos, para a actividade federada adquirindo, assim outra progressividade técnica e evolução competitiva.
Será nas escolas, que a população juvenil deverá ser sensibilizada, para uma cultura desportiva, vocacionando-a para o prazer da prática saudável.
O Ténis de Mesa que universalmente tem milhões de jogadores, não tem uma muito melhor imagem no meio escolar português, porque não tem sido correctamente divulgado.
A Federação Portuguesa de Ténis de Mesa está agora, a desenvolver um excelente projecto e ao elaborar o manual “O Ténis de Mesa Vai à Escola”, que será um dossier com a elaboração do planeamento de trabalho para um ano lectivo e  onde está incluída a explicação detalhada de unidades didácticas,  para ajudar os professores na iniciação e implementação da modalidade poderá, dentro de alguns anos, ser considerada uma realidade bastante positiva.
Este manual será distribuído gratuitamente a 6 mil professores de Educação Física e Coordenadores do Desporto Escolar.
Mas, para que este projecto tenha o resultado que se pretende será necessário, ultrapassar algumas situações dos professores, que por diversas razões deveriam ter estado mais activos para com a modalidade e entre as suas causas poderemos mencionar:
- Pouca ou nenhuma dedicação e empenho
- Impossibilidade de contrariar a não vocação e insuficiente cultura desportiva da generalidade dos elementos das , das direcções dos respectivos Agrupamentos, para com o desporto
- As competições escolares deveriam ser ao sábado, para se evitar a perda de aulas sem necessidade
- Os horários do DE deveriam ser elaborados para os alunos e não para os professores
Teremos que chamar a especial atenção dos políticos de um Portugal sempre adiado, com futebol e democracia a mais, porque o país necessita que cuidem urgentemente da sua juventude.
O Ténis de Mesa e o desporto em geral, necessitam de um trabalho de formação enorme, pelo que terá que passar pela escola, o meio mais importante para essa realidade. Mas como?
Seria necessário dar uma imagem de como a modalidade consegue as simpatias junto da comunidade escolar e assim passar das estatísticas para uma realidade nacional, comentando e tentando interessar cada vez mais todos aqueles, que estão envolvidos, nos Núcleos de Ténis de Mesa, das muitas escolas de Portugal.
Na escola os critérios selectivos aplicados, na generalidade dos casos, afastam muitos jovens de participar nas actividades e no que se refere aos Campeonatos Escolares, participam muitos alunos que treinam no mundo do desporto federado, situação que não deveria acontecer. Os alunos, que são federados podem ser excelentes colaboradores dos professores, actuando nos respectivos Núcleos, como árbitros ou ainda como “Batedores”
Não podemos  esquecer que o desporto em Portugal, está cada vez mais, com menos qualidade, pelo que deveríamos procurar sensibilizar elevado número de crianças e jovens a "Praticar Desporto". Nestas idades é crucial uma excelente formação desportiva.

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