Ping e Pong

quinta-feira, 18 de outubro de 2012



Entrevista com...
Bruno Silva

Introdução
Bruno Silva, 29 anos, treinador de Ténis de Mesa na Casa do Povo de Oliveirinha, desde 2007 é natural da Venezuela mas com nacionalidade Portuguesa abraça esta modalidade desde os 9 anos de idade e neste momento, para além de treinador é também jogador.
01 - Como surgiu a paixão pelo Ténis de Mesa?
A paixão surgiu através duma prima que me convidou a vir treinar um dia e desde então não mais parei!
02 - Quais os objectivos do Ténis de Mesa juvenil da CPO para a época desportiva 2012 / 2013?
Na formação, os nossos objectivos,  época após época, centram-se numa cada vez maior captação de atletas de forma a enriquecer o clube com maior número de praticantes. A nível de resultados passam por procurar que eles façam sempre o melhor possível, sem uma obsessão imensa pela vitória.
03 - Que importância tem tido a Junta de Freguesia de Oliveirinha, para o desenvolvimento da modalidade no clube?
Para o desenvolvimento da modalidade, a Junta de Freguesia de Oliveirinha tem tido a importância equivalente a “zero”. Não temos recebido qualquer apoio seja de que forma for.
04 - Na presente época desportiva, quantos atletas (por escalões) irão estar em acção, quantos treinos semanais e onde serão realizados?
O clube é formado por 7 seniores, 1 júnior  5 cadetes, 1 infantil e 7 iniciados masculinos; 3 cadetes, 1 infantil e 3 iniciadas femininas. Para além destes atletas que já se encontram federados, ainda temos também 5 atletas em fase de iniciação. Os treinos são de segunda a sexta-feira (formação - 18.00 às 19.20 h; juniores e seniores - 19.30 às 21.30 h) e realizam-se no salão da Casa do Povo de Oliveirinha.
05 - Quais as melhores prestações conseguidas pela CPO e como avalia a época desportiva 2011 / 2012? 
Apesar de haver imensos momentos que mereciam ser referidos, vou-me focalizar em apenas 4: Campeões Nacionais de Iniciados Masculinos, em 1994/95; Campeões Nacionais de Seniores Masculinos da 2ª Divisão, em 2005/06; Campeões Nacionais Sub-21 Masculinos, em 2010/11 e 2011/12. Relativamente à época transacta, na vertente de equipas os objectivos foram de uma forma geral atingidos (manutenção nas 1ª e 2ª Divisões Nacionais, em Seniores Masculinos e clara predominância a nível distrital); nas participações em Torneios Abertos também foram bastante positivas; a nível de Campeonatos Nacionais Individuais e Pares, na formação, estava à espera de um pouco mais…
06 - Como descreve o actual ténis de mesa português, em termos de dimensão nacional e internacional?
A nível de visibilidade, penso que a modalidade está no seu auge, muito graças às excelentes participações que os atletas da nossa equipa sénior masculina têm tido. Isso começa-se a reflectir numa maior procura das crianças para a nossa modalidade. Mas como nem tudo são rosas…a difícil situação do nosso país vem impossibilitar que a modalidade tenha um “BOOM” de crescimento, porque não existem apoios suficientes para que se possa investir na divulgação.
07 - Prevê algum crescimento da modalidade, nos próximos anos em número de praticantes, na CPO?
Como referi anteriormente, começa a haver uma maior procura das crianças derivado às recentes participações positivas dos nossos atletas seniores nos Jogos Olímpicos e espero que isso se reflicta num acréscimo de praticantes para o nosso clube!
08 - Para quando um Torneio Internacional, em Oliveirinha, para atletas não seniores? 
Se até a Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, sente imensas dificuldades na organização do Open de Portugal por falta de apoios, o que havemos nós de dizer…
A realização de um Torneio Aberto Nacional, pode vir a ser uma meta possível…agora Internacional, não me parece.
09 - Qual foi a sua maior alegria como treinador?
Ser chamado para orientar atletas do meu clube a representar a Selecção Nacional.
10 - O grande desejo de todos é chegar o mais longe possível, pelo que terá de se percorrer um longo caminho, trabalhando muito para se conseguirem determinados objectivos  A CPO pretende desenvolver algum processo de apoio à modalidade em termos materiais e humanos, que permita no futuro alcançarem essa possibilidade?
O maior apoio que a CPO pode fornecer à modalidade é a promessa de trabalho diário no âmbito de enriquece-la em termos humanos.
11- E relativamente a participações internacionais, a CPO tem atletas com possibilidades de conseguirem alguns bons resultados e assim atingirem patamares qualitativos de excelência?
Já tivemos algumas representações internacionais e ainda existe a possibilidade de continuarmos a ter, mas com vista a bons resultados ainda será um pouco prematuro falar nisso…
12 - - Perante a instabilidade social e económica vivida presentemente, o caminho para uma desejada “pirâmide”, em que os atletas dos escalões jovens, deveriam ser a grande “aposta”, deixa algumas perspectivas para o futuro da modalidade em Portugal?
Os clubes têm procurado aumentar essa base da pirâmide, mas torna-se bastante difícil suporta-la, porque acarreta imensas despesas. Os clubes não têm possibilidades financeiras para suportarem a totalidade das despesas, porque não tem apoios e as famílias cada vez mais são impossibilitadas de apoiar os filhos, devido a existirem outras prioridades no orçamento familiar. A nossa modalidade é o reflexo dos problemas do nosso país…

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