Ping e Pong

quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Escolas de Ténis de Mesa
Por: Fernando Gouveia
Num período de enorme necessidade de divulgar o Ténis de Mesa e criarem-se condições para se movimentarem grande número de crianças, incutindo-lhes vivências desportivas e sociais, uma mais-valia para uma muito desejada prática regular de desporto. Damos aqui o exemplo de como criar uma Escola de Ténis de Mesa.
Mas, também haverá a necessidade de educar, os pais, outros educadores e também a generalidade dos Vereadores do Desporto, das Câmaras Municipais, para entenderem que o país deverá ser conduzido para uma cultura desportiva bem melhor, pelo que o desporto nacional deverá ser convenientemente reorganizado e aumentar substanciosamente, o número de praticantes. No momento apenas 5% da população portuguesa pratica desporto.
Introdução
Educar pelo desporto é um importante tema para sensibilizar as crianças, para a prática desportiva, satisfazendo a necessidade de viver atleticamente e assim terem a possibilidade de exprimir força e destreza que incitam a jogar, a lutar, a progredir e desenvolver o espírito ganhador. No final do século IXX, o desporto moderno foi criado pelos Anglo-Saxónicos com o objectivo de possibilitar á classe dirigente de um país desenvolver as virtudes físicas e morais necessárias à manutenção da sua classe como dominante.
As “Escolas de Ténis de Mesa ”, quando criadas terão como grande finalidade a sensibilização para a prática do desporto e nunca com o objectivo de “fazer campeões”. Os “campeões” já nascem campeões...
Nesta etapa de desenvolvimento desportivo da criança, a educação atlética e desportiva serão fundamentais para quem prosseguir, mas os pais deverão ter uma atitude muito positiva, não só criando condições para que a criança seja pontual e assídua, como também na sua organização, nomeadamente com as actividades escolares, lúdicas e sociais. Pais com cultura desportiva são a garantia de uma criança vocacionada para o desporto.
Pretende-se que a criança exprima a sua estabilidade, alegria de viver e paixão pelo desporto.
Deveremos incutir uma forte dinâmica de grupo, compreendendo progressivamente o que é a vivência saudável em grupo, cujos camaradas serão por eles escolhidos.
As “Escolas de Ténis de Mesa” destinam-se a crianças dos 6 aos 11 anos, distribuídas por três escalões etários, 6 / 7 anos, 8 / 9 e 10 / 11 anos, organizada e apoiada por uma excelente estrutura de acolhimento. Pretende-se desenvolver sob os seus diferentes aspectos, o equilíbrio e o dinamismo.
A Criança e o Jogo
A criança tem no jogo um importante meio recreativo e desportivo que deverá ser encarado como um complemento do crescimento físico, mental emocional e social, permitindo-lhe agir contra o medo e onde o prazer de participar, não só por entretimento, mas também lhe permitir conquistas e esforço.
Numa presente sociedade egoísta, individualista e materialista deveremos tentar oferecer um máximo de condições para o desenvolvimento da sua personalidade, pelo que a competição pedagogicamente organizada deverá ser conseguida com qualidade.
A atitude da criança para com o jogo representa uma verdadeira actividade “física natural”, onde com o seu entusiasmo aplica grande parte da sua energia, fundamentalmente, a criança gosta de brincar e de jogar. O jogo é o seu mundo, absorvendo-a totalmente.
A criança deve ser levada a alcançar o domínio das habilidades motoras através das próprias aptidões, estimulando assim, a sua capacidade criadora.
No jogo a criança irá encontrar e vencerá algumas dificuldades, descobrirá o prazer do esforço e aprenderá a lutar para progredir.
As actividades em grupo desenvolvem a sociabilização, daí a necessidade da introdução de formas de actividades que estimulem a apreciação do comportamento social, domínio de si mesmo, auto-controle e respeito ao próximo.
Será nesta etapa etária que irá demonstrar grande faculdade de imitação a aprendizagem gestual será bem evidente pelo que será muito importante que pontualmente assista a boas demonstrações, quer ao vivo ou por exibições de filmes técnicos de qualidade.
Nestas idades deveremos durante a unidade de treino, proporcionar uma actividade variada, pelo que a sua organização deverá ser cuidadosa e apoiada dentro do possível por um conjunto de equipamentos didácticos
A Importância dos Jogos na Progressão Pedagógica
Os jogos para além de contribuírem para a animação de uma sessão são também excelentes instrumentos para o desenvolvimento individual e social dos elementos de um grupo. Nestes jogos poderemos observar o comportamento individual, o relacionamento com os outros e o empenhamento. Jogar é sair da rotina.
O jogo não é um fim, mas um meio de alcançar o fim.
A criança para crescer tem necessidade de ar, de luz, de movimento, precisa ainda mais de alegria e de segurança para a evolução normal.
As faculdades de assimilação e adaptação são progressivas com o crescimento.
Os momentos de lazer vão dar à criança possibilidades de desenvolver qualidades paralelamente aos estudos, irão ser de grande qualidade no futuro.
O jogo é uma actividade em que se participa voluntariamente, tem “leis” iguais para todos, obedece à dinâmica da vontade das crianças, é talhado à medida das suas capacidades
Organização de Competições
Serão indicadas soluções práticas para os difíceis problemas de organização de competições adaptadas aos escalões etários a desenvolver.
O jogo e a confrontação deverão ser complementados com atitudes de elevado “fair play”, conduzindo as crianças a um espírito de comunidade, alegria e de qualidades formativas e sociais.
Objectivos
- Sensibilizar crianças e seus familiares, para a necessidade da prática regular de desporto
- Conduzir os melhores valores para os clubes, vocacionados para a competição
- Criar condições sociais e desportivas entre professores, monitores, treinadores, praticantes e familiares
Destinatários
- 24 Crianças, dos 6 aos 11 anos
Enquadramento Técnico
– Dois professores ou treinadores jovens de reconhecida capacidade técnica e pedagógica
Local
- Espaços cobertos Municipais, de Clubes ou Escola
Horário
- Duas vezes por semana, durante 90’ de Setembro a Junho
Apetrechamento
- 24 Raquetas
- Grande quantidade de bolas
- 6 Mesas
- 12 Cordas
- 12 Bastões
- 12 Cones
- 12 Aros
Protocolos
– A desenvolver entre as Associações Regionais de Ténis de Mesa, Câmaras Municipais, Clubes, Federação Portuguesa de Ténis de Mesa e Coordenações Educativas / Desporto Escolar



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