Escolas de Ténis de
Mesa
Por: Fernando Gouveia
Num
período de enorme necessidade de divulgar o Ténis de Mesa e criarem-se
condições para se movimentarem grande número de crianças, incutindo-lhes
vivências desportivas e sociais, uma mais-valia para uma muito desejada prática
regular de desporto. Damos aqui o exemplo de como criar uma Escola de Ténis de
Mesa.
Mas, também haverá a necessidade de educar, os pais, outros
educadores e também a generalidade dos Vereadores do Desporto, das Câmaras
Municipais, para entenderem que o país deverá ser conduzido para uma cultura
desportiva bem melhor, pelo que o desporto nacional deverá ser convenientemente
reorganizado e aumentar substanciosamente, o número de praticantes. No momento
apenas 5% da população portuguesa pratica desporto.
Introdução
Educar
pelo desporto é um importante tema para sensibilizar as crianças, para a
prática desportiva, satisfazendo a necessidade de viver atleticamente e assim
terem a possibilidade de exprimir força e destreza que incitam a jogar, a
lutar, a progredir e desenvolver o espírito ganhador. No
final do século IXX, o desporto moderno foi criado pelos Anglo-Saxónicos com o
objectivo de possibilitar á classe dirigente de um país desenvolver as virtudes
físicas e morais necessárias à manutenção da sua classe como dominante.
As
“Escolas de Ténis de Mesa ”, quando criadas terão como grande finalidade a
sensibilização para a prática do desporto e nunca com o objectivo de “fazer
campeões”. Os “campeões” já nascem campeões...
Nesta
etapa de desenvolvimento desportivo da criança, a educação atlética e
desportiva serão fundamentais para quem prosseguir, mas os pais deverão ter uma
atitude muito positiva, não só criando condições para que a criança seja
pontual e assídua, como também na sua organização, nomeadamente com as
actividades escolares, lúdicas e sociais. Pais com cultura desportiva são a
garantia de uma criança vocacionada para o desporto.
Pretende-se
que a criança exprima a sua estabilidade, alegria de viver e paixão pelo
desporto.
Deveremos
incutir uma forte dinâmica de grupo, compreendendo progressivamente o que é a
vivência saudável em grupo, cujos camaradas serão por eles escolhidos.
As
“Escolas de Ténis de Mesa” destinam-se a crianças dos 6 aos 11 anos,
distribuídas por três escalões etários, 6 / 7 anos, 8 / 9 e 10 / 11 anos,
organizada e apoiada por uma excelente estrutura de acolhimento. Pretende-se
desenvolver sob os seus diferentes aspectos, o equilíbrio e o dinamismo.
A Criança e o Jogo
A
criança tem no jogo um importante meio recreativo e desportivo que deverá ser
encarado como um complemento do crescimento físico, mental emocional e social,
permitindo-lhe agir contra o medo e onde o prazer de participar, não só por
entretimento, mas também lhe permitir conquistas e esforço.
Numa
presente sociedade egoísta, individualista e materialista deveremos tentar
oferecer um máximo de condições para o desenvolvimento da sua personalidade,
pelo que a competição pedagogicamente organizada deverá ser conseguida com
qualidade.
A
atitude da criança para com o jogo representa uma verdadeira actividade “física
natural”, onde com o seu entusiasmo aplica grande parte da sua energia,
fundamentalmente, a criança gosta de brincar e de jogar. O jogo é o seu mundo,
absorvendo-a totalmente.
A
criança deve ser levada a alcançar o domínio das habilidades motoras através
das próprias aptidões, estimulando assim, a sua capacidade criadora.
No
jogo a criança irá encontrar e vencerá algumas dificuldades, descobrirá o
prazer do esforço e aprenderá a lutar para progredir.
As
actividades em grupo desenvolvem a sociabilização, daí a necessidade da
introdução de formas de actividades que estimulem a apreciação do comportamento
social, domínio de si mesmo, auto-controle e respeito ao próximo.
Será
nesta etapa etária que irá demonstrar grande faculdade de imitação a
aprendizagem gestual será bem evidente pelo que será muito importante que
pontualmente assista a boas demonstrações, quer ao vivo ou por exibições de
filmes técnicos de qualidade.
Nestas
idades deveremos durante a unidade de treino, proporcionar uma actividade
variada, pelo que a sua organização deverá ser cuidadosa e apoiada dentro do
possível por um conjunto de equipamentos didácticos
A Importância dos
Jogos na Progressão Pedagógica
Os
jogos para além de contribuírem para a animação de uma sessão são também
excelentes instrumentos para o desenvolvimento individual e social dos
elementos de um grupo. Nestes jogos poderemos observar o comportamento
individual, o relacionamento com os outros e o empenhamento. Jogar é sair da
rotina.
O
jogo não é um fim, mas um meio de alcançar o fim.
A
criança para crescer tem necessidade de ar, de luz, de movimento, precisa ainda
mais de alegria e de segurança para a evolução normal.
As
faculdades de assimilação e adaptação são progressivas com o crescimento.
Os
momentos de lazer vão dar à criança possibilidades de desenvolver qualidades
paralelamente aos estudos, irão ser de grande qualidade no futuro.
O
jogo é uma actividade em que se participa voluntariamente, tem “leis” iguais
para todos, obedece à dinâmica da vontade das crianças, é talhado à medida das
suas capacidades
Organização
de Competições
Serão
indicadas soluções práticas para os difíceis problemas de organização de
competições adaptadas aos escalões etários a desenvolver.
O
jogo e a confrontação deverão ser complementados com atitudes de elevado “fair
play”, conduzindo as crianças a um espírito de comunidade, alegria e de
qualidades formativas e sociais.
Objectivos
-
Sensibilizar crianças e seus familiares, para a necessidade da prática regular
de desporto
-
Conduzir os melhores valores para os clubes, vocacionados para a competição
-
Criar condições sociais e desportivas entre professores, monitores,
treinadores, praticantes e familiares
Destinatários
-
24 Crianças, dos 6 aos 11 anos
Enquadramento Técnico
–
Dois professores ou treinadores jovens de reconhecida capacidade técnica e
pedagógica
Local
-
Espaços cobertos Municipais, de Clubes ou Escola
Horário
-
Duas vezes por semana, durante 90’ de Setembro a Junho
Apetrechamento
-
24 Raquetas
-
Grande quantidade de bolas
-
6 Mesas
-
12 Cordas
-
12 Bastões
-
12 Cones
-
12 Aros
Protocolos
– A desenvolver entre as Associações Regionais de Ténis
de Mesa, Câmaras Municipais, Clubes, Federação Portuguesa de Ténis de Mesa e
Coordenações Educativas / Desporto Escolar
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