Entrevista com…
André Silva
Publicada no Jornal Record
16 de Julho de 2012
André Silva parte como suplente para viver por dentro o
ambiente na aldeia olímpica, ajudando os colegas nos treinos
RECORD – Estava à espera de
integrar a comitiva nacional para os Jogos de Londres’12?
ANDRÉ
SILVA – Passaram alguns dias desde que recebi a notícia e ainda estou a digerir
este momento. É uma emoção muito grande saber que irei estar presente na grande
festa mundial do desporto.
R – Quais são as suas primeiras
recordações olímpicas?
AS
– Foram os Jogos de Sydney através das transmissões televisivas e lembro-me
perfeitamente da fantástica corrida da Fernanda Ribeiro a caminho da medalha de
bronze.
R – Entre as muitas modalidades
qual é aquela que mais o seduz nos Jogos Olímpicos, além do ténis de mesa?
AS
– É o atletismo, pela sua diversidade e provas em simultâneo. Quando se juntam
os melhores atletas é qualquer coisa de fantástico
R – E qual é a prova do
atletismo que mais aprecia?
AS
– Tenho um certo fascínio pelas corridas de velocidade, especialmente os 100
metros. Gosto de ver aquela explosão dos atletas ao saírem dos blocos de
partida. É tudo tão rápido...
R – No ténis de mesa o
espetáculo também é notável nuns Jogos Olímpicos...
AS
– Sem qualquer dúvida! Mas aqui já tenho a perfeita noção do que acontece, pois
desde muito jovem tive a possibilidade de ir às grandes competições, observando
os melhores jogadores mundiais. Não é propriamente uma surpresa.
R – Apesar de figurar como
suplente, qual é a lição que fica com esta ida aos Jogos Olímpicos de Londres?
AS
– É claramente mais uma etapa na minha linha de evolução. Estou muito contente
por integrar a comitiva portuguesa e irei ajudar os meus colegas nos treinos
para que nas provas possam ser bem sucedidos.
R – Para os próximos Jogos
Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016 já não se conforma com a posição de
suplente na equipa?
AS
– É claro que não! Quero ser efetivo na Seleção Nacional para os Jogos
Olímpicos no Rio de Janeiro e esta experiência que vou ganhar em Londres será
muito importante para me aperceber de algumas coisas que serão úteis no futuro.
É muito importante um jogador jovem como eu ter esta possibilidade aos 23 anos.
R – O que mais o fascina nuns
Jogos Olímpicos?
AS
– Para um estreante diria que deve ser extraordinário conviver de perto com os
grandes mitos do desporto mundial.
R – O que está à espera de encontrar
na aldeia olímpica?
AS
– Atletas de todas as raças que se querem superar na maior manifestação
desportiva que há no Mundo. Deve ser um ambiente que jamais iremos esquecer até
ao fim das nossas vidas.
R – Considera que Portugal tem
algumas possibilidades de brilhar em Londres no ténis de mesa?
AS
– Os nossos jogadores têm a grande vantagem de andarem a competir desde há
alguns anos nos melhores campeonatos no estrangeiro e têm feito bons
resultados. Não será um mundo completamente desconhecido e acredito que cada um
tenha as maiores ambições. É legítimo pensar desta maneira se quisermos ir
longe.
R – Sentiu apoio dos seus
colegas que vão aos Jogos durante a preparação que fez para Londres?
AS
– Foram ótimos conselheiros e todos me disseram para não perder a esperança. O
ambiente na equipa é muito bom. Acredito que por esta razão todos possam fazer
bons resultados, tanto em termos individuais como em termos coletivos. Portugal
já demonstrou que tem feito uma evolução notável no ténis de mesa.
R – Quais são as razões para
esta subida de nível?
AS
– O campeonato é muito competitivo e as equipas estão bem apetrechadas com
jogadores estrangeiros. A federação também tem levado muita gente a competir no
estrangeiro e as coisas estão bem organizadas.
R – E o apoio do Sporting?
AS
– Tem sido fundamental. Em Alvalade estão criadas as condições para os
jogadores evoluírem. Temos um excelente treinador [Chen Shi Chao].
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