Ping e Pong

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Celeste Maria Rato, Professora de Alemão e Inglês, natural de Lourosa / Concelho de santa Maria da Feira é Presidente da Associação de Ténis de Mesa de Aveiro, desde 2010 e também Árbitro Internacional
- Desde quando está ligado ao Ténis de Mesa?
.Há sensivelmente quatro anos. Comecei como árbitro. As minhas filhas e o meu marido jogavam

 - Integra uma lista, às próximas eleições para a FPTM. Quais serão as grandes “apostas” da sua lista, para uma melhoria significativa do ténis de mesa nacional?
Em primeiro lugar é dar a volta ao "buraco" em que a Federação se encontra e depois então começar "a casa pelos alicerces e não pelo telhado": criar condições para aumentar o número de atletas e clubes, ajudando as associações a tornarem-se cada vez mais "poderosas" no nosso desporto. Aumentando isto, tudo o resto vem por acréscimo. Apostar também na divulgação e formação nas idades mais tenras (a partir dos 3 anos se possível) 
-  Quais os objectivos do ATMA para a época desportiva de 2012 / 2013?
Comigo, seria continuar o trabalho que foi iniciado em Julho de 2010, sem mim espero que seja o mesmo. .
- O objectivo de todos é chegar o mais longe possível, pelo que terá de se percorrer um longo caminho trabalhando muito, para se conseguirem determinados objectivos.A ATMA pretende desenvolver algum processo de apoio à modalidade em termos materiais e humanos, que permita no futuro alcançarem essa possibilidade?
Já começamos esse trabalho e com a inauguração do Centro de Treinos de Lourosa, penso que atingimos o "auge" do desenvolvimento da modalidade. Pretendemos agora, com este Centro, colocar treinadores de ténis de mesa, treinando todos os dias, e com diversos horários de treino. Este Centro estará disponível a qualquer clube, de qualquer Associação, com marcação prévia. Também utilizaremos o espaço para tratar a doença de Alzeihmer. Já temos praticamente protocolo assinado com algumas instituições de lares da terceira idade.
- Para conseguirmos desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e criarmos condições para um desporto organizado, que sirva a grande maioria da população juvenil, o que teremos que fazer?
Além do referido anteriormente, penso que o principal é começarmos nas idades mais jovens. Quanto mais cedo as crianças conhecerem esta modalidade olímpica, mais cedo se apaixonarão por ela. Assim, iniciaremos a sua formação mais cedo e com mais qualidade, já que a idade cria vícios e quem começa a praticar este desporto tarde (11/12 anos) ganha vícios que depois não consegue apagar.
- Perante a instabilidade social e económica vivida presentemente, o caminho para uma desejada “pirâmide”, em que os atletas dos escalões jovens, deveriam ser a grande “aposta”, deixa algumas perspectivas para o futuro da modalidade, no Distrito de Aveiro?
Em Aveiro apostamos primeiro nos jovens, depois vem o resto das classes. A nossa prioridade é a formação. Em relação à questão financeira, conseguimos, sem apoio da Federação, já que as verbas a ser atribuidas às Associações não têm sido pagas dentro dos prazos, pelo contrário, realizar tudo o apresentamos nestas duas épocas. Sei que os tempos estão dificeis, mas com empenho conseguimos, muitas horas perdidas, muito gasóleo gasto, muitas dores de cabeça para descobrir como fazer sem dinheiro.... mas conseguimos. Agradecia em particular, à Câmara Municipal de Vagos e à de São João da Madeira pelo apoio imprescindível que nos ofereceu ao longo destes dois anos. Em relação ao futuro, propriamente dito, penso que ele está bem lançado. Quem vier a seguir tem muito por que se orgulhar e por isso penso que deve continuar as ideias e bom trabalho que temos desenvolvido, modéstia à parte...
- Que mudanças positivas deveriam ser efectuadas, para melhorar o intercâmbio do ténis de mesa federado, com o desporto escolar?
Muito se tem dito sobre isso, mas penso que enquanto não se conseguir implementar o ténis de mesa como modalidade obrigatória para professores e alunos, na atividade de educação física, já no 1º ciclo, não vamos a lado nenhum. 
- E como são os apoios para sustentar a modalidade?
Os apoio são cada vez menos, já que o nº de atletas também o são. O aumento de atletas é que aumentará os apoios, quer governamentais como privados.
 - Qual a sua mensagem para sensibilizar os jovens atletas, para uma futura participação olímpica?
Muito espirito de sacrificio. quem gostar tem que se aplicar. é um desporto técnico e tácito muito rigoroso e pesado. O treino diário faz um atleta. as horas de treino faz um campeão.
- Para conseguirmos desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e assim ultrapassarmos a imagem de um país de “fenómenos desportivos” e criarmos um desporto organizado, para a grande maioria da população juvenil, o que teremos que fazer?
 Penso que também já respondi a esta pergunta parcialmente, mas tudo tem a ver com a divulgação da modalidade como desporto federado e não como um passatempo nos intervalos das aulas, ou no final do dia para descomprimir. para isto é preciso muito rigor, muita organização e compilação de forças.
- Como descreve o actual ténis de mesa nacional, em termos de dimensão internacional?
Internacionalmente estamos bem, mas temos 4 atletas seniores e poucos para o seguirem. Temos uma boa imagem internacional e poucos apoios económicos para a manter. Não adianta sermos bons agora e daqui a nada voltarmos à estaca zero. Temos de construir algo que perdure e que dê os seus frutos.
- Prevê algum crescimento da modalidade, nos próximos anos em número de praticantes?
Comigo na Federação previa. Comigo na Associação também... mas não posso prever o que os outros vão fazer. Uma coisa é falar e oferecer.... outra muito diferente é concretizar.



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