Celeste Maria Rato,
Professora de Alemão e Inglês, natural de Lourosa / Concelho de santa Maria da
Feira é Presidente da Associação de Ténis de Mesa de Aveiro, desde 2010 e
também Árbitro Internacional
- Desde quando está
ligado ao Ténis de Mesa?
.Há sensivelmente quatro anos. Comecei como árbitro. As minhas filhas e o meu marido jogavam
Em primeiro lugar é dar a volta ao
"buraco" em que a Federação se encontra e depois então começar
"a casa pelos alicerces e não pelo telhado": criar condições para
aumentar o número de atletas e clubes, ajudando as associações a tornarem-se cada
vez mais "poderosas" no nosso desporto. Aumentando isto, tudo o resto
vem por acréscimo. Apostar também na divulgação e formação nas idades mais
tenras (a partir dos 3 anos se possível)
- Quais os
objectivos do ATMA para a época desportiva de 2012 / 2013?
Comigo, seria continuar o trabalho que foi
iniciado em Julho de 2010, sem mim espero que seja o mesmo. .
- O objectivo de todos
é chegar o mais longe possível, pelo que terá de se percorrer um longo caminho
trabalhando muito, para se conseguirem determinados objectivos.A ATMA pretende
desenvolver algum processo de apoio à modalidade em termos materiais e humanos,
que permita no futuro alcançarem essa possibilidade?
Já começamos esse trabalho e com a
inauguração do Centro de Treinos de Lourosa, penso que atingimos o
"auge" do desenvolvimento da modalidade. Pretendemos agora, com este
Centro, colocar treinadores de ténis de mesa, treinando todos os dias, e com
diversos horários de treino. Este Centro estará disponível a qualquer clube, de
qualquer Associação, com marcação prévia. Também utilizaremos o espaço para
tratar a doença de Alzeihmer. Já temos praticamente protocolo assinado com
algumas instituições de lares da terceira idade.
- Para conseguirmos
desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e criarmos condições para
um desporto organizado, que sirva a grande maioria da população juvenil, o que
teremos que fazer?
Além do referido anteriormente, penso que
o principal é começarmos nas idades mais jovens. Quanto mais cedo as crianças
conhecerem esta modalidade olímpica, mais cedo se apaixonarão por ela. Assim,
iniciaremos a sua formação mais cedo e com mais qualidade, já que a idade cria
vícios e quem começa a praticar este desporto tarde (11/12 anos) ganha vícios
que depois não consegue apagar.
- Perante a
instabilidade social e económica vivida presentemente, o caminho para uma
desejada “pirâmide”, em que os atletas dos escalões jovens, deveriam ser a
grande “aposta”, deixa algumas perspectivas para o futuro da modalidade, no
Distrito de Aveiro?
Em Aveiro apostamos primeiro nos jovens,
depois vem o resto das classes. A nossa prioridade é a formação. Em relação à
questão financeira, conseguimos, sem apoio da Federação, já que as verbas a ser
atribuidas às Associações não têm sido pagas dentro dos prazos, pelo contrário,
realizar tudo o apresentamos nestas duas épocas. Sei que os tempos estão dificeis,
mas com empenho conseguimos, muitas horas perdidas, muito gasóleo gasto, muitas
dores de cabeça para descobrir como fazer sem dinheiro.... mas conseguimos.
Agradecia em particular, à Câmara Municipal de Vagos e à de São João da Madeira
pelo apoio imprescindível que nos ofereceu ao longo destes dois anos. Em
relação ao futuro, propriamente dito, penso que ele está bem lançado. Quem vier
a seguir tem muito por que se orgulhar e por isso penso que deve continuar as
ideias e bom trabalho que temos desenvolvido, modéstia à parte...
- Que mudanças
positivas deveriam ser efectuadas, para melhorar o intercâmbio do ténis de mesa
federado, com o desporto escolar?
Muito se tem dito sobre isso, mas penso
que enquanto não se conseguir implementar o ténis de mesa como modalidade
obrigatória para professores e alunos, na atividade de educação física, já no
1º ciclo, não vamos a lado nenhum.
- E como são os apoios
para sustentar a modalidade?
Os apoio são cada vez menos, já que o nº
de atletas também o são. O aumento de atletas é que aumentará os apoios, quer
governamentais como privados.
- Qual a sua mensagem para
sensibilizar os jovens atletas, para uma futura participação olímpica?
Muito espirito de sacrificio. quem gostar
tem que se aplicar. é um desporto técnico e tácito muito rigoroso e pesado. O
treino diário faz um atleta. as horas de treino faz um campeão.
- Para conseguirmos
desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e assim ultrapassarmos a
imagem de um país de “fenómenos desportivos” e criarmos um desporto organizado,
para a grande maioria da população juvenil, o que teremos que fazer?
Penso que
também já respondi a esta pergunta parcialmente, mas tudo tem a ver com a
divulgação da modalidade como desporto federado e não como um passatempo nos intervalos
das aulas, ou no final do dia para descomprimir. para isto é preciso muito
rigor, muita organização e compilação de forças.
- Como descreve o
actual ténis de mesa nacional, em termos de dimensão internacional?
Internacionalmente estamos bem, mas temos
4 atletas seniores e poucos para o seguirem. Temos uma boa imagem internacional
e poucos apoios económicos para a manter. Não adianta sermos bons agora e daqui
a nada voltarmos à estaca zero. Temos de construir algo que perdure e que dê os
seus frutos.
- Prevê algum crescimento da modalidade, nos próximos anos em número de
praticantes?
Comigo na Federação previa. Comigo na
Associação também... mas não posso prever o que os outros vão fazer. Uma coisa
é falar e oferecer.... outra muito diferente é concretizar.

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