Queremos
desempenhar um papel na dinamização do golfe. A construção do campo na Pontdo
Pargo está a entusiasmar a população e queremos colaborar para o sucesso do
projecto».
Um
conjunto de novos projectos e o crescimento do número de praticantes faz o
Presidente da Ponta do Pargo estar optimista.
A
poucas semanas de completar o seu oitavo ano de vida, a Associação Desportiva e
Cultural da Ponta do Pargo pode orgulhar-se de ser a única colectividade com
participação nas competições nacionais regulares, concretamente no ténis de
mesa, sua principal modalidade e onde habitualmente compete também na Taça
ETTU. Segundo a Demografia Federada do IDRAM de 05/06, a Ponta do Pargo é dona
de cerca de uma centena dos praticantes do Concelho, o correspondente a 20% do
total. Números que, segundo Gilberto Garrido, estão aquém da realidade da época
transacta. «Temos cerca de 150 federados e movimentamos o dobro nas nossas
actividades, uma vez que temos sete modalidades: ténis de mesa, karaté,
badminton, atletismo, basquetebol, futebol (escolas) e bilhar», descriminou o
Presidente da Ponta do Pargo.
Trata-se
de um crescimento diversificado, uma vez que, na época anterior, a Ponta do
Pargo tinha apenas duas modalidades federadas. «Iniciámos o karaté, no qual
tivemos boa adesão, com cerca de 20 inscritos, e no qual voltaremos a apostar
no início das aulas. No basquetebol contamos inscrever na próxima época cerca
de uma centena de atletas, graças ao trabalho que o Ilídio Gonçalves está a
realizar nas escolas da Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha e Paúl do Mar, numa
dinâmica que queremos manter e para o qual muito contribuiu a ABM. O atletismo
surge no clube mais como um complemento físico e alternativa de prática
desportiva, com participações nas provas que se realizam na Calheta, Ribeira
Brava e na São Silvestre. No badminton também estamos a iniciar a actividade,
para o qual contamos com um bom apoio do Prazeres e no bilhar participámos na
II Divisão Regional.»
Mas
é o ténis de mesa a “menina dos olhos” da Ponta do Pargo. «A época correu
dentro das expectativas. Nos femininos podíamos ter ido à final, mas o terceiro
lugar foi bom, nos masculinos, por razões que lamentámos e nos ultrapassaram,
não fomos ao “play-off”. Para além disso, a equipa B manteve-se na II Divisão,
através da qual promovemos o irmãos Nelson e Pedro Fernandes», recordou,
anunciando uma aposta diferente para 07/08. «Na próxima época, pela primeira
vez, os jogadores vão viver na Ponta do Pargo, ficando contratualmente acordado
treinarem todos os dias com os miúdos. Será uma aposta forte na formação. Foi
uma situação que muitos jogadores não aceitaram, razão pela qual tivemos de
alterar profundamente as equipas. Por outro lado, esperamos contar com o apoio
do IDRAM para a equipa B, caso contrário desistiremos da participação na II
Divisão Nacional e na “rotação” dos mais jovens.»
Para
que os jogadores das equipas principais residam na freguesia mais a oeste da
Madeira, o clube vai investir em infraestruturas. «A cedência do edifício onde
funcionava a Junta de Freguesia permitir-nos-á, com a realização de algumas
obras, que deverão iniciar-se na próxima semana, criar dois apartamentos onde
os nossos jogadores vão viver, o que representará um decréscimo de custos. Para
além disso, as obras, que não terão apoio do IDRAM, serão patrocinadas por
empresas nossas amigas do Concelho, casos da Somuros, ALA, José Luís Gouveia de
Sousa, para além da Autarquia», revelou Garrido, adiantando que o projecto do
pavilhão não foi abandonado. «Foi redimensionado, pois já não há necessidade de
ser muito grande, será muito parecido ao do Prazeres, o que reduzirá para quase
metade os custos. Contamos ainda este ano ver as obras terem início.»
Mas
os investimentos não escondem as dificuldades. «São as inerentes a termos três
equipas a competir nos nacionais, mais a actividade nos escalões de formação.
Gastamos muito dinheiro em material e nos transportes. Quando jogamos nas
competições europeias, por exemplo, gostamos de levar na comitiva os nossos
patrocinadores, por forma a mostrar o que fazemos na divulgação do Concelho.
Por outro lado, na época passada recebemos na Ponta do Pargo cerca de vinte
equipas e isso é importante para a economia local.»
Gilberto
Garrido garante ainda que a denominação cultural do clube não surge por acaso. «Assumimos
o papel de dinamizadores do Centro Cívico, juntamente com outras instituições,
como a Junta, a Casa do Povo, Autarquia, DRAC, Museu Etnográfico da Ribeira
Brava, etc. Em termos culturais, estamos a atravessar o nosso melhor período e
a justificar a construção daquele espaço, pois todos os meses temos um
concerto, uma exposição, uma conferência e brevemente também exibiremos
filmes.

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