Urgente a Reorganização do Desporto Nacional
Por: Fernando Gouveia
Os Jogos Olímpicos são uma “Montra Política” e como sempre cada país
pretende a melhor participação, demonstrando qualidade ou não de como, nos
antecedentes quatro anos desenvolveram internamente o seu desporto, de acordo
com os objectivos estabelecidos, pelos respectivos Comités Olímpicos.
Nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, o Comité Olímpico de Portugal
pretendia uma mais elevada prestação, mas a participação nacional ficou longe
desse desejo, ao alcançarem apenas, duas medalhas (ouro e prata) e em 2012, em
Londres, uma medalha de prata, situação que provocou, um alerta para a
necessidade de se reorganizar convenientemente o desporto nacional, mas só
quando o poder político trabalhar seriamente e com objectivos bem definidos, o
país desportivo poderá ser conduzido para outra realidade e sem elevados custos
adicionais, pelo que será necessário, habilidade e elevada competência, para
com pouco se produzir muito.
A população portuguesa, não tem vocação para a prática desportiva,
calculada em apenas 5% o que é francamente muito pouco, pelo que
haveria necessidade de uma profunda mudança de mentalidades e uma comunicação
social mais informativa, para com as modalidades olímpicas, com elevadas
prestações europeias e mundiais, sendo perfeitamente natural que se pretenda
competência, muita cultura e mentalidade desportiva, dos nossos governantes.
Poderemos referir a importância das medalhas olímpicas, para os países, que
com uma população inferior ou idêntica à de Portugal 10,4 milhões, mas que
tiveram uma actuação em Londres bem melhor. A Hungria 10,8 milhões, conquistou
17 medalhas, a República Checa 10,3 milhões e 10 medalhas, Suécia 8,9 milhões e
8 medalhas, a Suíça 7,3 milhões e 4 medalhas, a Dinamarca 5,4 milhões e 9
medalhas, a Noruega 4,4 milhões e 4 medalhas e a Geórgia 4,3 milhões e 6 medalhas,
mas são países com forte vocação para a prática desportiva, com governos que
criam condições para que a sua população juvenil tenha uma educação desportiva
suficientemente bem trabalhada. Mas para, que seja possível essa importante e
necessária mais-valia teremos que investir, nas crianças do 1ºciclo fazendo um enorme
esforço, para evitar que a nossa juventude seja afastada da actividade física e
desportiva provocando o sedentarismo e assim um aumento muito significativo dos
níveis de obesidade entre crianças e jovens, para isso terá que haver elevada
organização estrutural.
O desporto em Portugal,
cada vez mais, tem menos qualidade, pelo
que deveríamos procurar sensibilizar
elevado número de crianças a "Praticar Desporto". Nestas
idades é crucial uma excelente formação desportiva.
Educar pelo desporto é um importante tema
para sensibilizar as crianças, para a prática desportiva, satisfazendo a
necessidade de viverem atleticamente e assim terem a possibilidade de exprimir
força e destreza que incitam a jogar, a lutar, a progredir e desenvolver o
espírito ganhador. É muito importante a sensibilização para a prática do
desporto e nunca com o objectivo de “fazer campeões”. Os campeões já nascem
campeões... mas as etapas de crescimento deverão ser extremamente respeitadas.
O desporto escolar é cada vez mais uma
mentira. Participam os alunos que treinam no mundo do desporto federado.
Os pais, preocupados em equilibrarem o
orçamento familiar, estão cada vez mais, a retirar os seus filhos do desporto
nos clubes e como as escolas, não têm capacidade de organizar devidamente o seu
Desporto Escolar, teremos as nossas crianças e jovens, com preocupante falta de
actividade motora.
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