sábado, 25 de agosto de 2012


Urgente a Reorganização do Desporto Nacional
Por: Fernando Gouveia
Os Jogos Olímpicos são uma “Montra Política” e como sempre cada país pretende a melhor participação, demonstrando qualidade ou não de como, nos antecedentes quatro anos desenvolveram internamente o seu desporto, de acordo com os objectivos estabelecidos, pelos respectivos Comités Olímpicos.
Nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, o Comité Olímpico de Portugal pretendia uma mais elevada prestação, mas a participação nacional ficou longe desse desejo, ao alcançarem apenas, duas medalhas (ouro e prata) e em 2012, em Londres, uma medalha de prata, situação que provocou, um alerta para a necessidade de se reorganizar convenientemente o desporto nacional, mas só quando o poder político trabalhar seriamente e com objectivos bem definidos, o país desportivo poderá ser conduzido para outra realidade e sem elevados custos adicionais, pelo que será necessário, habilidade e elevada competência, para com pouco se produzir muito.
A população portuguesa, não tem vocação para a prática desportiva, calculada em apenas 5% o que é francamente muito pouco, pelo que haveria necessidade de uma profunda mudança de mentalidades e uma comunicação social mais informativa, para com as modalidades olímpicas, com elevadas prestações europeias e mundiais, sendo perfeitamente natural que se pretenda competência, muita cultura e mentalidade desportiva, dos nossos governantes.
Poderemos referir a importância das medalhas olímpicas, para os países, que com uma população inferior ou idêntica à de Portugal 10,4 milhões, mas que tiveram uma actuação em Londres bem melhor. A Hungria 10,8 milhões, conquistou 17 medalhas, a República Checa 10,3 milhões e 10 medalhas, Suécia 8,9 milhões e 8 medalhas, a Suíça 7,3 milhões e 4 medalhas, a Dinamarca 5,4 milhões e 9 medalhas, a Noruega 4,4 milhões e 4 medalhas e a Geórgia 4,3 milhões e 6 medalhas, mas são países com forte vocação para a prática desportiva, com governos que criam condições para que a sua população juvenil tenha uma educação desportiva suficientemente bem trabalhada. Mas para, que seja possível essa importante e necessária mais-valia teremos que investir, nas crianças do 1ºciclo fazendo um enorme esforço, para evitar que a nossa juventude seja afastada da actividade física e desportiva provocando o sedentarismo e assim um aumento muito significativo dos níveis de obesidade entre crianças e jovens, para isso terá que haver elevada organização estrutural.
O desporto em Portugal, cada vez mais, tem menos qualidade, pelo que deveríamos procurar sensibilizar elevado número de crianças a "Praticar Desporto". Nestas idades é crucial uma excelente formação desportiva.
Educar pelo desporto é um importante tema para sensibilizar as crianças, para a prática desportiva, satisfazendo a necessidade de viverem atleticamente e assim terem a possibilidade de exprimir força e destreza que incitam a jogar, a lutar, a progredir e desenvolver o espírito ganhador. É muito importante a sensibilização para a prática do desporto e nunca com o objectivo de “fazer campeões”. Os campeões já nascem campeões... mas as etapas de crescimento deverão ser extremamente respeitadas.
O desporto escolar é cada vez mais uma mentira. Participam os alunos que treinam no mundo do desporto federado.
Os pais, preocupados em equilibrarem o orçamento familiar, estão cada vez mais, a retirar os seus filhos do desporto nos clubes e como as escolas, não têm capacidade de organizar devidamente o seu Desporto Escolar, teremos as nossas crianças e jovens, com preocupante falta de actividade motora.

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